Por Karine Figueiredo
Atualmente, os desenhos japoneses viraram febre entre muitos brasileiros. Mas, afinal, como eles apareceram no Brasil? No final da Segunda Guerra Mundial muitos japoneses desejavam adquirir terras para fixar residência. Como não seu país de origem isso não era possível, devido aos estragos da guerra, os japoneses migraram para o Brasil em busca de melhores condições de vida.
Assim, a população japonesa no Brasil foi crescendo, porém os imigrantes e seus descendentes só se comunicavam em japonês e liam livros e revistas trazidas do Japão. Com essa necessidade, algumas empresas brasileiras se especializaram na logística de trazer os livros, discos, revistas e outros materiais para a prática de esportes como baisebol e o kendô, vindos do Japão.
Com essa relação intima entre Brasil e Japão, os mangás logo apareceram por aqui. Assim que eles surgiram no outro continente, já foram trazidos para o nosso país. A primeira revista que começou a circular no Brasil foi Shonen Club, da editora Kodansha, em 1914.
Nessa época, as revistinhas japonesas eram constituídas por contos e histórias ilustradas por crianças e jovens. Os mangás, como são conhecidos hoje, vieram para o Brasil depois da Segunda Guerra, seguindo o estilo criado por Osamu Tezuka, considerado o Deus do mangá. Foi ele quem inventou os personagens com olhos grandes e cheios de expressividade.
Depois disso, os mangás conquistaram muitos fãs no Brasil, uma população que não para de crescer. É notável que em diversos lugares do nosso país existem brasileiros se vestindo de cosplay, apaixonados por desenhos japoneses, criadores de mangás. Muitos brasileiros trabalham e buscam ganhar dinheiro com a cultura japonesa. Além disso, grandes eventos são realizados em diversas partes do Brasil.
A relação entre Brasil e Japão é íntima. A cultura japonesa se inseriu de vez entre os brasileiros depois da Segunda Guerra Mundial e após esse acontecimento, os dois países nunca mais deixaram de ser ligados. Os mangás e animes estão aí para comprovar isso.